Com a pandemia do coronavírus e constantes medidas de quarentena e lockdown adotadas por diversas cidades do Brasil, as empresas estão enfrentando um desafio muito grande para manterem os empregos dos funcionários.
Se a restrição de circulação de pessoas aumenta, a economia não gira e as empresas deixam de comercializar seus produtos e serviços e precisam demitir colaboradores para reduzirem seus custos.
Segundo dados divulgados ontem (29) pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), da Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia, foram fechados 331.901 postos de trabalho com carteira assinada no mês de maio. Este indicador mede a diferença entre contratações e demissões de funcionários.
Apesar do encolhimento do emprego formal, em maio houve melhora em relação a abril, quando haviam sido fechados 860.503 empregos. Neste ano, a retração no mercado de trabalho brasileiro já totaliza 1.144.118 vagas formais de janeiro a maio.
Entre os setores que mais fecharam vagas no último mês está o de serviços, com a extinção de 143.479 postos, seguido pela indústria (de transformação, de extração e de outros tipos), com 96.912 postos a menos. Em terceiro lugar, vem o comércio com o fechamento de 88.739 postos de trabalho.
Somente o setor da agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura criou empregos com carteira assinada no mês passado, com a contratação de 15.993 pessoas.
Entre as regiões que mais fecharam vagas está o Sudeste, com 180.466 postos a menos, seguido pelo Sul com menos 78.667 postos e pelo Nordeste com menos 50.272 postos. O Centro-Oeste fechou 12.580 postos de trabalho e o Norte extinguiu 10.151 postos formais no mês passado.
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